Compositor: Jacques Brel / Mort Shuman
Nu como o pecado, uma toalha do exército
Cobrindo minha barriga
Alguns de nós coram, de certo modo
Joelhos virando geleia
Próximo, próximo
Eu ainda era um garoto
Haviam centenas como eu
Eu segui um corpo pelado
Um corpo pelado me seguiu
Próximo, próximo
Eu ainda era um garoto
Quando minha inocência foi perdida
Em um bordel militar móvel
Presente do exército, cortesia
Próximo, próximo
Eu, eu realmente teria gostado
De um pequeno toque de ternura
Talvez uma palavra, apenas um sorriso
Alguma felicidade instantânea
Mas não, não, próximo, próximo
Oh isso, isso não foi tão trágico
Os altos céus não caíram
Mas quanto desse tempo
Eu odiei estar lá
Próximo, próximo
Agora eu sempre me lembrarei
Do caminhão do bordel, as bandeiras hasteadas
O tenente peculiar que nos deu um tapa
Na bunda como se fôssemos bichas
Próximo, você é o próximo
Eu juro pela cabeça molhada
Do meu primeiro caso de gonorréia
É a sua voz
Que eu escuto para sempre
Próximo, próximo
Aquela voz fede a cadáveres
A whiskey e a lama
É a voz das nações
Aquela voz grossa de sangue
Próximo, próximo
E desde então, cada mulher
Que eu levei para a cama
Parece rir nos meus braços
E sussurram na minha cabeça
Próximo, próximo
Todos os nus e os mortos
Deveriam segurar as mãos uns dos outros
Enquanto eles me assistem gritar a noite
Em um sonho que ninguém entende
Próximo, próximo
E quando eu não estão gritando
Em uma voz que amadureceu seca e vazia
Eu espero no fim de filas nuas e intermináveis
Do seguinte e do seguido
Próximo, próximo
Um dia eu irei cortar minhas pernas fora
E me queimar vivo
Qualquer coisa, eu farei qualquer coisa
Para sair da linha, apenas para sobreviver
E para nunca ser o próximo
Oh, para nunca ser o próximo
Próximo