Compositor: Noel Scott Engel / Scott Walker
Alguém viu um cavalheiro passar por aqui
Ontem eu o vi jogando xadrez com a Morte
Sua cruzada era em busca de Deus e dizem
É um longo caminho a enfrentar
Alguém ouviu duma praga nessa cidade
A cidade que eu deixei para trás foi incendiada
Uma jovem numa estaca, sua face emoldurada pelas chamas clamou
Eu não sou uma bruxa, Deus lembra de mim
O cavaleiro observava com temor
Ele precisava saber
Ele correu aonde podia sentir a respiração divina
E na Igreja enevoada
Ele se ajoelhou para confessar
O rosto no confessionário era a Sra. Morte
Minha vida é uma busca vã por sorrisos sem sentido
Por que Deus não me pode enviar um sinal?
Talvez ele não esteja lá, respondeu o confessionário
E a Morte se escondeu em sua capa e sorriu
Essa manhã eu joguei xadrez com a Morte, disse o cavaleiro
Jogamos para que ela pudesse me dar tempo
Meu bispo e meu cavaleiro quebrarão seus flancos
E aí eu poderei sentir em mim o coração de Deus
E pela grade de confissão, a risada da morte foi ouvida
O cavaleiro exclamou: -Não, você me enganou!
Mas vou achar um jeito
Nos encontraremos de novo e uma vez mais
Jogaremos
Eles se encontraram dentro da floresta, o cavaleiro, seu escudeiro e amigos
E a Morte disse "agora a partida terminará"
A jogada final foi feita
O cavaleiro abaixou a cabeça
E disse: Você venceu, não tenho mais o que jogar
O menestrel cheio de visões cantou ao seu amor
Olhando de encontro ao céu tempestuoso
O cavaleiro, seu escudeiro e amigos
Suas mãos grudadas como uma
Solenemente dançaram para o alvorecer
Sua ampulheta em sua mão, sua foice ao seu lado
A mestra Morte os conduz
A chuva lavará as lágrimas de seus rostos
E como um trovão estalado eles se foram